A mais nova polêmica envolvendo o presidente Jair Bolsonaro continua rendendo. Ele fez uma insinuação sexual durante uma entrevista e afirmou que a jornalista Patrícia Campos Mello, do jornal Folha de S. Paulo, queria “dar o furo” a “qualquer preço”.
Durante o Jornal da Globo desta terça-feira (18), Bolsonaro foi criticado duas vezes. Uma pela âncora Renata Lo Prete, que mostrou sua indignação com a fala dele, e outra pelo comentarista político Arnaldo Jabor, que afirmou que o presidente tem um “problema sexual”.
“Há um aspecto importante que não vem sendo analisado: o problema sexual do presidente. Dele e de seu entorno. Vocês já repararam como o tema homem e mulher era tratado por Bolsonaro desde antes de ele ser eleito? Só se fala em sexo”, inicia Arnaldo.
Na sequência, ele relembra que as observações e metáforas sempre tocam nisso. “Bolsonaro já brigou com uma deputada a quem ‘não estupraria’, já disse no ar que gastava dinheiro em Brasília ‘comendo gente’, além de ser muito estranha sua fixação de atacar a homossexualidade”.
Bolsonaro e a homossexualidade
Arnaldo Jabor, então, relembrou diversos momentos em que Jair Bolsonaro deu declarações polêmicas a respeito da homossexualidade. Em muitas delas, ele foi acusado de homofobia, tendo dito, inclusive, que preferia morrer a ter um filho gay.
“Pessoas ligadas ao governo disseram que nos colégios ensinam perversões às crianças e nas faculdades há piranhas e maconheiros. E tudo culmina com a extraordinária Damares, que quer acabar com a sexualidade brasileira conclamando jovens a ficarem virgens”, continua.
Por fim, Jabor fala sobre o ataque à Patrícia. “Esse último ataque é um tiro pra abater dois inimigos: a sexualidade e o jornalismo, a quem dá bananas diárias na porta do palácio. Mas, por trás de tudo isso, está o verdadeiro inimigo: a democracia”, diz ele, que termina chamando a vida política de “perversa”.