O cheque especial, aquela possibilidade de ficar com saldo negativo na conta bancária, é uma das modalidades de empréstimo mais acessíveis do país.
E é também um grande fator de risco para o endividamento.
De acordo com a pesquisa da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas, a CNDL, e do SPC Brasil, 3 em cada 4 consumidores recebem um limite de cheque especial automaticamente do banco, e muitos deles acabam usando o dinheiro extra sem nem perceber.
Além disso, 28% afirmam nunca ter solicitado a linha de crédito.
O estudo da CNDL também revela que 1 em cada 5 consumidores acredita que o limite do cheque especial faz parte da sua renda disponível. Ou seja, o consumidor acaba gastando mais do que realmente poderia gastar.
De acordo com especialistas financeiros, a possibilidade de usar de maneira fácil um suposto dinheiro extra acaba contribuindo para um consumo impulsivo e não planejado.
Mas alguns cuidados podem ajudar a fugir da armadilha do endividamento recorrente. O cheque especial não deve ser encarado como um complemento da renda mensal – porque o consumidor paga juros altos quando usa o limite da conta bancária.
Por isso, uma das principais dicas é pedir ao banco que desative o limite automático – ou seja, é eliminar a possibilidade de ficar com a conta no vermelho.
Se o orçamento estiver apertado e você realmente estiver precisando de um dinheiro extra, o melhor é buscar opções de crédito mais baratas, como empréstimo pessoal ou um crédito consignado, que podem ter taxas bem menores do que o cheque especial.
E não se esqueça também de manter o planejamento financeiro em ordem, eliminando gastos que não sejam apropriados para o seu orçamento.