A intolerância religiosa foi a causa de duas mil, 472 ligações ao Disque 100 no ano passado.
O balanço é do Ministério dos Direitos Humanos, que opera a central de denúncias relacionadas a violações de direitos humanos.
O número representa uma alta de praticamente 70% em relação às 1.481 denúncias do tipo feitas em 2023. Quase mil denúncias em 2024.
Entre janeiro e dezembro do ano passado, as principais vítimas de intolerância religiosa foram pessoas praticantes de religiões de raízes afro-brasileiras, como umbanda e candomblé, mas também houve registros de violências contra evangélicos, católicos, espíritas, islamitas e judeus, entre outros.
Por gênero, os registros indicam que a maioria das vítimas da discriminação religiosa é mulher.
Já o recorte por estado mostra que as unidades da federação com os maiores números de denúncias são, nessa ordem, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia, Rio Grande do Sul e Distrito Federal.
Importante lembrar que, conforme estabelece a Constituição Federal, o Brasil é um Estado laico, ou seja, tem posição neutra no campo religioso.
E o texto constitucional assegura a liberdade religiosa. Nenhum cidadão pode ser alvo de discriminação por sua crença.
Por isso, quem provoca injúria, difama ou impede o culto ou destrói espaços onde os fiéis professam sua crença comete crime.
