A Escola Estadual Cecília Castro Barbosa, localizada na zona rural de Juara, na Comunidade do Jaú foi destaque na 6ª Conferência da Secretaria de Estado de Educação (SEDUC-MT) com um projeto ambiental desenvolvido por alunos do 6º ao 9º ano. A iniciativa foi selecionada para representar o município e a Diretoria Regional de Educação (DRE) em nível estadual, trazendo orgulho à comunidade escolar.
Em entrevista à Rádio Tucunaré, o diretor da escola, professor Jaspio, comemorou o reconhecimento: “É uma gratificação muito grande. A escola do campo enfrenta desafios com deslocamento e estrutura, mas mostramos que somos ativos, presentes e que nossos jovens podem ser protagonistas do seu crescimento.” O projeto, segundo ele, está sendo estruturado para o segundo semestre e já conta com diálogos iniciados com cooperativas locais e, em breve, com a prefeitura e a câmara municipal.
A professora de Ciências, Suzane Tunin, uma das responsáveis pela condução do projeto, explicou que o trabalho foi baseado nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e teve como foco a pergunta: “Como eu posso contribuir para melhorar o meio ambiente na minha realidade?” Cada turma elaborou uma proposta, e o projeto mais adequado à realidade local foi escolhido democraticamente entre os alunos. “Foi emocionante. A participação superou nossas expectativas. Trabalhar com adolescentes é sempre desafiador, mas eles se envolveram com entusiasmo. É assim que se forma uma geração consciente”, relatou a professora.
A aluna Alana Marques, eleita pelos colegas como delegada para representar a escola na conferência, explicou que o projeto nasceu da observação cotidiana da escola do campo. “A ideia veio da vivência diária. Percebemos a necessidade de fazer o descarte correto dos resíduos que produzimos aqui.”
O projeto premiado é dividido em três etapas principais:
- Reciclagem em parceria com a cooperativa local;
- Coleta de resíduos, com apoio da prefeitura;
- Compostagem, integrada ao projeto da horta escolar.
“A horta já existe. Queremos aproveitar as folhas caídas da escola para fazer adubo, evitando o uso de produtos químicos. Nosso objetivo é uma produção saudável e sustentável”, explicou Alana com orgulho.
A iniciativa representa não só um avanço ambiental, mas também um modelo de participação estudantil, valorização da educação no campo e integração com a comunidade local. A entrega e o comprometimento dos alunos e professores demonstram que a transformação começa onde há envolvimento real.
