Recentemente, uma jovem moradora de Juara, que preferiu não se identificar, decidiu relatar seu drama a reportagem da Rádio Tucunaré. Ela revelou que realizou bronzeamento artificial, sem especificar se o procedimento foi feito em Juara ou na cidade onde estuda, e que nos últimos dias descobriu estar com câncer de pele. Segundo o médico que a acompanha, a doença provavelmente foi causada pela radiação descontrolada que foi exposta durante as sessões de bronzeamento.
A jovem, atualmente em tratamento, decidiu tornar público o seu drama para alertar outras pessoas sobre os riscos associados ao uso de câmaras de bronzeamento artificial. Ela admitiu que não sabia que essa prática está proibida no Brasil desde 2009, quando a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) emitiu a Resolução 56, que proíbe o uso dessas câmeras para fins estéticos devido ao aumento dos riscos significativos de câncer de pele.
O caso da jovem reforça a importância da recente decisão do Tribunal Regional Federal da Terceira Região, em São Paulo, que manteve a proibição do uso de câmaras de bronzeamento artificial em todo o país.
Uma decisão judicial, que confirmou a validade da resolução da ANVISA, foi tomada em resposta a um pedido de uma clínica de São José do Rio Preto, São Paulo, que tentou reverter a concessão.
Especialistas, como a dermatologista Luana Portela, da Sociedade Brasileira de Dermatologia do Distrito Federal, alertaram que as câmaras de bronzeamento artificial não só aceleram o envelhecimento da pele devido à radiação ultravioleta, mas também aumentam significativamente o risco de câncer de pele, incluindo o melanoma , que é o tipo mais letal.
O jovem de Juara espera que seu relato sirva como um alerta para aqueles que desejam usar essas máquinas, lembrando que, além dos proibidos, elas representam um risco sério à saúde. “Se eu soubesse dos riscos e da proibição, jamais teria utilizado”, afirmou, incentivando outras pessoas a se informarem e evitarem práticas que possam comprometer a sua saúde.