Juara – Mato Grosso

14 de outubro de 2025 18:27

Oficina em Juara fortalece rede de proteção e combate ao tráfico de pessoas no Vale do Arinos

Nos dias 9 e 10 de outubro de 2025, Juara foi palco de uma importante Oficina de Capacitação sobre Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas, promovida pelo Comitê Estadual de Prevenção e Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas de Mato Grosso e pelo Núcleo Estadual de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas, com o apoio do Escritório Regional de Saúde do município.

A reportagem da Rádio Tucunaré e site Acesse Notícias apurou que o evento foi realizado na Câmara Municipal de Juara.

A oficina reuniu profissionais das áreas da saúde, educação, assistência social, segurança pública e conselhos tutelares, todos engajados em aprimorar seus conhecimentos para atuar na identificação, acolhimento e encaminhamento de vítimas desse tipo de crime.

Durante entrevista, a enfermeira Aparecida, idealizadora da capacitação em Juara, destacou que a iniciativa surgiu a partir de uma solicitação do Comitê Estadual, representado pela assistente social Dulce, integrante da CETRAPE. Segundo ela, “a expectativa foi superada em todos os aspectos, tanto pelo número de inscrições, que excedeu o previsto, quanto pela diversidade do público participante”.

A profissional ressaltou ainda que o evento contou com palestrantes locais e de outras regiões, o que enriqueceu o debate. “O ponto alto foi a fala do defensor público Dr. Rômulo, que despertou grande interação e interesse dos participantes, com perguntas e comentários muito pertinentes”, afirmou.

Entre os palestrantes convidados esteve Wesley da Mata, presidente do Conselho Estadual de Direitos Humanos, que explicou à nossa reportagem o foco da formação: “Nós trouxemos orientações sobre o crime de tráfico de pessoas, que recentemente foi incluído no Código Penal Brasileiro, e sobre como identificar casos nas unidades de saúde, conselhos tutelares e demais serviços públicos”.

De acordo com ele, o tráfico de pessoas é um crime subnotificado, abrangendo situações como trabalho infantil, exploração sexual e até venda de órgãos. “Nos últimos cinco anos, registramos cerca de 110 casos em Mato Grosso. É o terceiro crime mais lucrativo do mundo, atrás apenas do tráfico de drogas e de armas”, alertou Wesley.

Ele reforçou que a capacitação é fundamental para fortalecer a rede de proteção. “Quem trabalha na base — como profissionais de saúde e assistência social — precisa saber reconhecer os sinais e acionar o canal correto. As denúncias podem ser feitas pelo Disque 100, do Ministério dos Direitos Humanos, que garante o anonimato do denunciante.”

Com uma programação intensa e participação expressiva, a oficina reforçou a importância da conscientização e da união dos profissionais para o combate a esse tipo de crime, que atinge silenciosamente milhares de pessoas em todo o país.

Fonte: acessenoticias/radio Tucunare

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