A possível implementação de proteção corporal em policiais militares foi um dos temas de discussão durante entrevista à Rádio Tucunaré com o prefeito Carlos Sirena e o comandante Coronel Alex Fontes. Ambos demonstraram contrariedade à medida, argumentando que ela poderia limitar as ações dos agentes em situações críticas.
No último dia 22, em entrevista ao vivo na Rádio Tucunaré, o prefeito Carlos Sirena expressou preocupação de que as câmeras inibam a atuação policial, já que muitas vezes os agentes precisam agir rapidamente e com firmeza para conter situações de risco. “O policial já é limitado por lei, e colocar uma câmera pode trazer ainda mais restrições, transformando o trabalho em algo engessado. Isso desmotiva e reduz a eficiência das operações”, afirmou o prefeito.
O Coronel Alex Fontes defende a mesma opinião, destacando que a implementação de câmeras em policiais passa uma mensagem equivocada de desconfiança. “Parece que a medida pressupõe que todos os policiais estão cometendo erros, o que é um equívoco. Nós já temos regulamentos e códigos de conduta que garantem que qualquer excesso seja devidamente punido”, explicou. Ele destacou que o Governador Mauro Mendes já se pronunciou contraria a essa medida e que ela só será implantada , caso seja obrigatória legalmente por ordem do Governo Federal.
Ambos também questionaram a eficácia dessa medida em contextos como o de Juara, onde o foco deveria ser em melhorias estruturais e no aumento do efetivo. Além disso, argumentaram que a falta de privacidade para os policiais, mesmo em conversas informais, pode prejudicar a dinâmica do trabalho em equipe.
A discussão sobre o uso de câmeras corporais em policiais militares ainda divide opiniões em todo o país. Enquanto alguns defendem a medida como uma forma de aumentar a transparência, outros, como o prefeito e o comandante, acreditam que o impacto na atuação policial pode ser mais prejudicial do que benéfico.