Apuração da Rádio Tucunaré revelou que os cabos da Polícia Militar suspeitos de facilitar o assalto à agência do Sicredi em Brasnorte, ocorrido na quinta-feira (31), são Anderson de Amaral Rodrigues e Alan Carvalho da Silva. Ambos passaram por audiência de custódia no domingo (3) e tiveram a prisão em flagrante convertida em preventiva por corrupção passiva e prevaricação.
De acordo com a decisão do juiz Laio Portes Sthel, da Comarca de Brasnorte, os militares foram detidos na noite de sábado (2) e levados à Delegacia de Polícia Civil de Juara. Além deles, outras 11 pessoas foram presas – cinco em Mato Grosso (incluindo dois assaltantes empresários locais e o motorista da Hilux usada na fuga) e seis em Vilhena (RO), dentre os quais quatro executaram o roubo, um prestou apoio logístico e dois irmãos ajudaram a esconder os criminosos.
O crime teve planejamento de cerca de 20 dias, conforme o delegado Suede Dias Jr., da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO). No dia 29 de julho, a quadrilha roubou uma Toyota Hilux com placas clonadas, ocultou o veículo em uma área de mata para “resfriamento” e, no dia do assalto, invadiu a cooperativa pela porta principal em Avenida Cascavel, rendendo funcionários e fugindo em direção a Juína com duas pessoas como reféns. Após liberá-las na estrada, os criminosos retornaram a Brasnorte e, em seguida, seguiram para Rondônia no HB20, onde acabaram capturados.
Conforme trecho da decisão judicial: “[…] Receberiam uma quantia em dinheiro para fazer vista grossa, atrasar a ocorrência e a solicitação de apoio, inclusive dando informações que dificultassem o trabalho policial. […] que se encontravam de plantão no dia do fato, teriam ainda, como função, simular um suposto confronto com disparos de arma de fogo no momento da execução do assalto.”
Até o momento, o valor subtraído não foi divulgado nem recuperado. A ocorrência permanece em andamento, com as investigações coordenadas pela Polícia Civil de Brasnorte.