A Rádio Tucunaré entrevistou Tião Piovesan, presidente da Associação de Pavimentação da MT-220, sobre a situação da obra de pavimentação do trecho entre Porto dos Gaúchos e a rotatória da MT-160 (estrada que liga a Brianorte).
Em resposta às críticas feitas nas redes sociais sobre as condições da estrada durante o período chuvoso, Piovesan esclareceu detalhes sobre a execução da obra, os problemas enfrentados e as responsabilidades envolvidas.
De acordo com Piovesan, a obra, que abrange 48 km (de Porto dos Gaúchos até MT-325 (Rodovia do Vale), ainda está em fase de pavimentação e não foi oficialmente entregue ao governo do estado.
A empreiteira MT Sul, contratada pelo governo, é responsável pela execução, enquanto a associação desenvolveu o projeto inicial para viabilizar os recursos.
“O estado só receberá a obra em perfeitas condições. Até lá, os problemas encontrados serão corrigidos pela empreiteira“, garantiu.
Entre os desafios enfrentados, destaca-se um trecho próximo à ponte do Rio Arinos, onde foi identificado um solo alagadiço. Para resolver o problema, será necessário um tratamento especial, utilizando pedras e rachões, o que gerou um pedido de aditivo financeiro por parte da empreiteira. Esse ajuste ainda aguarda aprovação pelo governo, atrasando a conclusão da obra.
Embora a Associação de Pavimentação da MT-220 não tenha responsabilidade direta sobre a execução da obra, Tião Piovesan destacou o papel ativo da entidade no acompanhamento e diálogo com o governo e a empreiteira. Ele explicou que, apesar de não terem poder decisório sobre a fiscalização, mantêm contato constante com a MT Sul e com o Sinfra (Secretaria de Infraestrutura e Logística de Mato Grosso) para garantir a qualidade e conclusão dos serviços.
A demora na aprovação do aditivo financeiro para o trecho crítico próximo ao Rio Arinos impacta diretamente os produtores da região, que dependem da rodovia para o escoamento da produção. Segundo Piovesan, o período chuvoso agravou a situação, gerando atoleiros e prejuízos, especialmente para aqueles sem estrutura própria de armazenamento. “Chegamos a registrar 20 caminhões atolados no desvio, causando transtornos inaceitáveis nesta época”, relatou.
A associação planeja, assim que o tempo melhorar e a colheita terminar, vai realizar uma reunião com produtores, representantes do governo e da empreiteira para acelerar a resolução do problema. Tião ressaltou o compromisso com os associados que financiaram o projeto inicial e reafirmou que a obra só será concluída após as correções necessárias.
“A cobrança é constante, mas continuamos empenhados em assegurar que a MT-220 seja entregue com qualidade e dentro dos padrões exigidos”, concluiu.
A Rádio Tucunaré segue acompanhando a situação e continuará trazendo informações sobre os avanços dessa obra crucial para a região.
