Um suposto caso de homofobia começa a ser investigado pelas autoridades judiciais e também pela CPI da Camara de Vereadores de Porto dos Gaúchos, envolvendo dois vereadores, tendo como reclamante o presidente da Leandro Budke (MDB) e o acusado Claudiomar Braun (PSB).
Segundo os fatos narrados no boletim de ocorrência lavrado pelo vereador Leandro Buddy, a primeira ofensa que recebeu teria sido no dia 5 de outubro de 2021, através de um grupo de WhatsApp, onde o acusado teria cometido crime de homofobia e perseguição. No segundo episódio, teria ocorrido no mês de junho de 2023, na Câmara de Vereadores de Porto dos Gaúchos, onde estavam reunidos os vereadores e por fim, a última ocorrência supostamente homofóbica, teria ocorrido no dia 3 de julho, na presença dos vereadores tenente Donizete, vereadora Ângela Piovesan, vereador Éder Boldrin, vereador tampinha e mais alguns municípios na área externa da Câmara Municipal, os quais já foram testemunha do ato na segunda vez. O acusado teria gritado a seguinte palavra de ordem: “eu odeio veado” e outras colocações pejorativas injuriosas de baixo calão.
Diante da situação decidiu representar criminalmente contra o acusado. De acordo com o boletim foram entregues provas, que deverão ser analisadas pelo Judiciário.
Do ponto de vista parlamentar, os vereadores decidiram abrir uma CPI, para apurar a responsabilidade do vereador acusado e que pode resultar em sua cassação, se ficar comprovada o crime de homefobia.
Durante uma sessão itinerante realizada na gleba São João na noite de segunda-feira,17, a Câmara de Vereadores de Porto dos Gaúchos decidiu criar a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar supostas conduta homofobia que teriam sido praticadas pelo vereador Claudiomar Braun (PSB) e desfavor do presidente da Casa Vereador Leandro Budke (MDB).
O presidente da câmara de vereadores, Leandro Budke (MDB), em entrevista à Rádio Tucunaré relatou que denunciou na justiça e na Câmara, onde solicitou a instalação da CPI, porque desde que houve a discussão de mudança do nome de uma rua começou a receber esse tipo de ofensa e que, outras duas vezes isso aconteceu de forma muito agressiva e a população não aceita mais esse tipo comportamento, pois o respeito é condição elementar para uma boa convivência e ainda, lembrou que um vereador é eleito, sabe o que é decoro e por isso, a sua atitude de denunciar e pedir apuração da justiça e também dos pares da Câmara, para que esse tipo de comportamento seja banido.
Na votação, o pedido de CPI foi aprovado com três votos aprovados, dos vereadores: Tenente Donizete, Tampinha e Ângela Piovesan.
Os vereadores: Professor Enos, Luciane Bündchen e Ivo Castro se abstiveram de votar.
Claudiomar e Leandro Budke não votaram, por serem polos da investigação.
O vereador vice-presidente, Eder Boldrin, que adiou a sessão, só votaria em caso de empate.
Por meio de um sorteio, ficou definido que a comissão será composta pelos vereadores Tenente Donizete, Ângela Piovesan e Luciane Bündchen.
A comissão terá a responsabilidade de eleger o presidente e o relator, e contará com um prazo de 90 dias para investigar os fatos, podendo ser prorrogado pelo mesmo período.
O relatório final elaborado pela comissão será submetido à votação no plenário da câmara e será reportado em futuras matérias da Rádio Tucunaré.