As vendas de produtos agrícolas da agricultura Familiar em Juara enfrentam um período de retração. A afirmação foi feita por Osvaldo Gularth, conhecido como Pingo, presidente da Casa do Produtor Rural do município. Segundo ele, embora o momento seja de queda nas vendas, a atividade ainda garante o sustento dos produtores locais.
“Está difícil, as vendas caíram bastante, mas ainda dá para viver”, declarou Pingo. Ele observa que, apesar dos desafios do mercado, o período atual é favorável para o plantio de hortaliças como alface e outras verduras. No entanto, alerta que a produção depende de um bom sistema de irrigação, o que aumenta os custos para os produtores.
Comparando com o passado, Pingo aponta que há 15 anos o cenário era mais promissor. “Naquela época, o mercado do produtor rural era mais movimentado, com vários associados. O produtor plantava mais, produzia mais”, relembra. Hoje, o cenário é outro: menos produtores atuando e menos incentivo ao setor.
Uma das maiores dificuldades enfrentadas atualmente, segundo o presidente, é o alto custo de investimento para quem deseja produzir em maior escala. “Dependendo do que for plantar, o investimento pode chegar a R$ 120 mil”, afirma.
Pingo defende que é preciso mais apoio e políticas públicas para fortalecer o produtor rural, garantindo melhores condições de trabalho e rentabilidade. “Falta incentivo. O produtor quer produzir, mas precisa de apoio para enfrentar os altos custos e a concorrência com produtos de fora”, conclui.
A Casa do Produtor Rural de Juara segue sendo um ponto de apoio para os agricultores da região, mas os desafios têm exigido resiliência e adaptação dos trabalhadores do campo.
