Juara – Mato Grosso

22 de outubro de 2025 18:02

Vereador Luciano Olivetto investiga por que Consórcio trocou anestesistas locais por profissionais de fora com custo mais que dobrado.

No último dia 25 de julho, a Secretaria de Saúde de Juara, representada pela secretária Maysa Figueiredo, atendeu a uma solicitação assinada pelo diretor técnico do Hospital Municipal de Juara – profissional vinculado à empresa Hospmed, responsável pela intermediação de mão de obra médica de Juara – solicitando o afastamento do médico anestesista Dr. Wilson Figueira.

A decisão foi oficializada por meio de ofício que “respaldou” a decisão de não renovação contratual com a empresa W.A da Silva Figueira, do médico Wilson Figueira que também tinha outra anestesiologista para dividir o serviço, ambos moradores de Juara e sem nenhum processo administrativo durante o contrato.

Leia aqui: OFICIO Nº 1145-2025 SMS_ GS

O médico Dr. Wilson, residente em Juara há 17 anos, prestava serviços ao hospital municipal por meio do Consórcio Intermunicipal de Saúde. No entanto, mesmo com sua longa trajetória profissional e vínculo com a população, seu contrato não foi aditivado.

Ocorre que o prazo máximo para o aditivo contratual seria o dia 28, segunda-feira. A notificação informando que ele não teria o contrato prorrogado chegou ao médico apenas na sexta-feira anterior, ou seja, no final de semana sem que o mesmo tivesse tempo para encontrar nova colocação no mercado de trabalho, deixando-o sem vínculo empregatício com dois dias de antecedência.

Com essa decisão repentina, motivada pela Secretaria de Saúde de Juara em concordância com os demais, os secretários de saúde dos municípios consorciados optaram, em conjunto, por não promover o aditivo contratual com aa empresa do profissional. Na sequência, uma contratação emergencial foi realizada para suprir a ausência dos anestesistas.

A nova empresa, também intermediadora de mão de obra médica, firmou contrato no valor de R$ 270.000, segundo publicação no Diário Oficial, com a missão de fornecer dois médicos anestesiologistas de outras cidades. A empresa do Dr. Wilson Figueira recebia 105 mil reais com dois médicos anestesiologistas.

Veja aqui: https://amm.diariomunicipal.org/publicacao/1664396/

A situação causou perplexidade em setores da população e despertou atenção de autoridades locais. O vereador Luciano Olivetto, ao tomar conhecimento do caso, fez duras críticas à forma como a situação foi conduzida e declarou que vai investigar o episódio mais a fundo.

Durante entrevista concedida à reportagem da Rádio Tucunaré, na tarde desse dia 29, o vereador Luciano Olivetto comentou especificamente sobre o desligamento do Dr. Wilson Figueira. Segundo ele, o caso causou surpresa e preocupação:

“Na última semana, eu fui pego de surpresa. Um médico que é referência no nosso município, que é o doutor Wilson Figueira, de repente foi destratado, não teve a prorrogação do contrato, e o prefeito fez uma contratação imediata. Ninguém queria falar sobre o assunto”, disse Olivetto.

Ainda conforme o vereador, a decisão partiu diretamente do prefeito e do vice-prefeito, e foi comunicada via Consórcio Intermunicipal de Saúde. “É uma situação que eu não entendi”, afirmou. Olivetto ressaltou que conhece o trabalho do médico há anos, sem nunca ter recebido reclamações, e afirmou que irá apurar se houve algum motivo técnico que justificasse tal decisão. Para ele, a forma como tudo foi conduzido é inaceitável. “É um médico que sempre atendeu bem, está sempre no hospital, de madrugada, de manhã, sempre à disposição da população. Essa forma abrupta de demissão me preocupa. O prefeito age rápido para demitir, mas empurra com a barriga problemas maiores, como o da concessão do lixo”, completou o parlamentar.

O caso segue sendo debatido nos bastidores da administração pública e da Câmara, enquanto o Consórcio já colocou em prática o novo contrato emergencial.

A reportagem continuará acompanhando os desdobramentos judiciais, já em curso, deste episódio, que envolve questões sensíveis como a valorização de profissionais locais, os custos de contratações emergenciais e a transparência nas decisões que impactam diretamente a saúde pública do município.

Fonte: Rádio Tucunaré e Acesse Notícias

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