O avanço das viroses voltou a preocupar autoridades de saúde no Mato Grosso em 2025. A proliferação do Aedes aegypti tem provocado um aumento expressivo de casos de dengue e Chikungunya em diversas regiões do estado, com destaque para o Vale do Arinos, onde o crescimento ocorre de forma mais intensa.
Antes mesmo de novembro terminar, Porto dos Gaúchos já registrava um cenário considerado alarmante. Conforme informou o chefe da Vigilância Sanitária, Josias Campinas, até outubro o município tinha 94 casos de dengue e 54 de Chikungunya confirmados. Porém, o número de notificações disparou neste mês, e a estimativa é que o total de infectados por dengue esteja próximo de 300, aguardando consolidação oficial.
No conjunto dos municípios do Vale do Arinos, os registros até 30 de outubro apontavam 1.047 casos de dengue e 592 de Chikungunya. Juara liderava o ranking regional, acumulando 553 diagnósticos de dengue e 427 de Chikungunya. Em seguida vinham Tabaporã, com 195 e 82 casos respectivamente, e Novo Horizonte do Norte, que somava 205 confirmações de dengue e 32 de Chikungunya.
Comparação com o ano anterior reforça a gravidade
Em 2024, Mato Grosso encerrou o ano com mais de 38 mil casos confirmados de dengue, cerca de 20 mil de Chikungunya e 317 de zika. Naquele período, 39 pessoas morreram em decorrência da dengue e outras 12 perderam a vida após complicações de Chikungunya, conforme dados da Secretaria de Estado de Saúde. Os números observados em 2025 sugerem que o estado pode enfrentar um quadro ainda mais desafiador.
O mosquito transmissor, conhecido pelas listras claras no tronco e nas pernas, costuma se abrigar dentro de residências e locais movimentados, como comércios e escolas. Ele possui hábitos predominantemente diurnos e se alimenta de sangue humano, o que facilita a transmissão das doenças.
Como diferenciar as principais viroses
- Dengue: manifesta-se com febre alta, dores no corpo e articulações, podendo evoluir para quadros graves.
- Zika: além dos sintomas comuns, pode causar problemas neurológicos e oferece risco adicional às gestantes devido à possibilidade de malformações no bebê.
- Chikungunya: provoca febre e dores articulares intensas, que podem se prolongar por semanas ou até meses.
Ações preventivas continuam sendo a chave do controle
As equipes de saúde reforçam que o combate ao mosquito depende diretamente da participação da população. Medidas simples ajudam a impedir novos criadouros:
- Manter caixas d’água protegidas e higienizadas;
- Evitar recipientes que acumulem água ao ar livre;
- Trocar diariamente a água dos animais;
- Limpar ralos aplicando água sanitária antes de tampá-los;
- Realizar descarte correto do lixo;
- Eliminar pratos de plantas com água parada.
Com a chegada do período mais quente do ano, o alerta é para que cada morador faça sua parte, contribuindo para reduzir a circulação do mosquito e o risco de novos surtos na região.





































































