Hong Kong iniciou nesta segunda-feira, 6, o maior julgamento da história de ativistas pró-democracia acusados de tentar derrubar o governo local. Um grupo de manifestantes se reuniu em frente ao tribunal com faixas que diziam “A repressão é vergonhosa” e “Liberdade imediata de todos os presos políticos”.
Os 47 réus, incluindo alguns dos ativistas mais proeminentes da cidade, um acadêmico e um ex-parlamentar, podem ser condenados à prisão perpétua, se forem considerados culpados de “conspiração para cometer subversão”. A maioria está presa há mais de dois anos.
Segundo as autoridades, o grupo de acusados pretendia obter maioria legislativa para forçar a renúncia do governante da cidade, o que foi equiparado a tentar derrubar o governo. Enquanto isso, os réus alegam ser processados por realizar ações normais de oposição.
O processo pode durar mais de quatro meses e ficará a cargo de juízes escolhidos pelo governo. É o maior julgamento até o momento sob a Lei de Segurança Nacional imposta pela China após os enormes protestos pró-democracia de 2019.
Segundo Pequim, a lei foi necessária para conter a instabilidade que, afirmou o governo, provocou os protestos no centro financeiro asiático.