Nesta segunda-feira, representantes dos países integrantes da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) se reuniram em Haia, na Holanda, para discutir novos rumos da política de defesa diante de um cenário internacional marcado por incertezas e tensões crescentes.
Durante o encontro, o recém-nomeado secretário-geral da aliança, Mark Rutte, apresentou uma proposta ambiciosa: ampliar significativamente os gastos com defesa, sugerindo que os membros elevem seus investimentos militares para até 5% do Produto Interno Bruto (PIB). A medida visa reforçar a prontidão da OTAN diante de potenciais ameaças representadas por países como Rússia e Irã, além de outras nações consideradas adversárias.
Atualmente, a meta mínima estabelecida pela aliança é de 2% do PIB, mas muitos países ainda não atingem esse patamar. A sugestão de elevação provocou reações variadas — alguns aliados, como a Espanha, demonstraram preocupação com os impactos fiscais da proposta, enquanto outros defenderam a necessidade de fortalecer a segurança regional diante dos desafios atuais.
Presença ucraniana e apelo por apoio contínuo
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskyy, também esteve presente na reunião e aproveitou a oportunidade para renovar os pedidos de apoio militar à sua nação, que segue enfrentando a ofensiva russa iniciada em 2022. Em encontros com líderes europeus e britânicos, Zelenskyy reforçou a importância da solidariedade internacional e da manutenção do fornecimento de armas, equipamentos e ajuda estratégica.
A participação do líder ucraniano foi vista como símbolo da continuidade do apoio da OTAN ao país e um alerta sobre a necessidade de manter a aliança preparada para cenários de conflito prolongado.
