Juara – Mato Grosso

29 de março de 2024 11:00

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Brasil reforça vacinação de sarampo e febre amarela nas fronteiras

O Ministério da Saúde deu início à segunda fase da campanha Movimento Vacina Brasil nas Fronteiras. Até o dia 30 de novembro, 16 municípios terão as ações de vacinação intensificadas.

O objetivo é ampliar a cobertura vacinal, principalmente, contra o sarampo e a febre amarela. A ação envolve países do Mercosul (Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguais) e países associados ao Mercosul (Bolívia e Colômbia). Para atender à intensificação vacinal, o Ministério da Saúde enviou aos Estados fronteiriços 11,3 mil doses da vacina de febre amarela e 11,2 mil de doses da vacina tríplice viral.

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Os municípios envolvidos na campanha contam ainda com os estoques de vacina já existentes desde a primeira fase da ação, que ocorreu em setembro deste ano.

A campanha é realizada de acordo com o calendário de vacinação de cada país. No Uruguai, por exemplo, a vacina contra a febre amarela não será dada, já que não faz parte do calendário de rotina do país. Na Argentina, Paraguai e Uruguai, as crianças menores de 10 anos de idade são foco da campanha. Já no Brasil, a vacina contra a febre amarela pode ser dada a partir dos nove meses de vida até os 59 anos de idade e a vacina contra o sarampo, a partir dos seis meses até os 49 anos.

O Movimento Vacina Brasil nas Fronteiras é resultado da solicitação do governo brasileiro para incluir o tópico imunização nas fronteiras na agenda dos eixos prioritários estabelecidos no Memorando de Entendimento de Cooperação entre o MERCOSUL e Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS/OMS).

Sarampo e febre amarela

No Brasil, o surto de sarampo ainda está ativo em 19 Estados do país. Entre os dias 4 de agosto e 26 de outubro, foram registrados 5.660 casos da doença e 14 óbitos. Mais de 90% dos casos estão concentrados em 176 municípios do estado de São Paulo, principalmente na região metropolitana. O Ministério da Saúde destaca que a única forma de interromper a cadeia de transmissão e de prevenir o sarampo é por meio da vacinação.

O comportamento da febre amarela no Brasil é por estação. O período de maior transmissão é de dezembro a maio. Nos últimos três anos, houve aumento da transmissão. No final de 2016 até junho de 2017 houve surto de grandes proporções que afetou principalmente os estados da região Sudeste, com um total de 778 casos humanos, incluindo 262 óbitos.

Como posso me proteger contra o sarampo? Receber duas doses da vacina contra o sarampo após os 12 meses de idade é a única maneira de se prevenir da doença. O esquema vigente do Ministério da Saúde para crianças é o de uma dose da tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) ao 1 ano de idade e uma da quadrupla viral (sarampo, caxumba, rubéola e varicela) ao 1 ano e 3 meses de idade. Para quem não se vacinou no período, a tríplice viral é oferecida gratuitamente em duas doses até os 29 anos ou em uma dose dos 30 aos 49 anos. Os demais podem recorrer às clínicas privada.

Sou adulto e já me vacinei na infância contra sarampo. Devo me vacinar novamente? Antigamente, a primeira dose era dada antes do bebê completar um ano; mais tarde o Programa Nacional de Imunizações passou a oferecer apenas uma dose depois dos 12 meses. Atualmente, só é considerada protegida contra o sarampo a pessoa que tomou duas doses da vacina depois de ter completado um ano de vida. Portanto, quem não tomou as duas doses depois do primeiro aniversário deve receber uma ou duas doses. Quem está em dúvida, ou seja, não tem certeza se tomou as duas doses da vacina, deve tomar mesmo assim. Não há risco.

Crianças e adolescentes que já se vacinaram devem tomar reforço? Quem tomou duas doses da vacina depois de ter completado um ano de vida não precisa tomar reforço.

Todos os brasileiros devem se preocupar com a vacina ou só os que vivem em cidades de risco? Todos os brasileiros que não estão protegidos contra a doença, ou seja, não estão vacinados, devem tomar a vacina, independentemente do lugar onde vivem.

Onde há surto de sarampo no Brasil? Atualmente, em três Estados: Amazonas, Roraima e Rio Grande do Sul. Amazonas e Roraima, juntos, contabilizam cerca de 500 casos confirmados e mais de 1,8 mil em investigação. Já o Rio Grande do Sul tem seis casos confirmados. No Rio de Janeiro, há 17 casos suspeitos, sendo que um deles apresentou resultado preliminar positivo para o sarampo.

 

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