Juara – Mato Grosso

25 de abril de 2024 19:17

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Lavar as mãos ou álcool gel? O que é melhor contra vírus e bactérias

Uma das maneiras mais baratas e eficazes de evitar doenças infectocontagiosas — como a covid-19 (causada pelo coronavírus SARS-CoV2), gripe, resfriado e até diarreias — é pelo o hábito de lavar as mãos com água e sabão frequentemente.

Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC) ressaltam que lavar as mãos ajuda a proteger contra uma em cada três doenças que causam diarreias e uma em cada cinco infecções respiratórias.

“Sabão e água são mais eficazes que os desinfetantes para as mãos [álcool gel] na remoção de certos tipos de germes, como Cryptosporidium [protozoários que causam diarreia aquosa], norovírus [vírus que causa gastroenterite aguda, chamada de ‘diarreia do viajante’] e Clostridium difficile [bactéria que causa diarreia]”, orienta o CDC.

O órgão ainda orienta que as fezes humanas e animais são fontes da maioria dos vírus e bactérias que causam doenças em pessoas.

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Germes chegam às pessoas após o uso do banheiro ou troca de fraldas sem a devida higienização posterior das mãos. Manusear carnes ou saladas cruas com quantidades invisíveis de fezes nos dedos é uma fonte rotineira de contaminações.

Um estudo de pesquisadores dos Países Baixos mostrou que apenas 1 g de fezes humanas (equivalente ao peso de um clipe de papel) chega a ter 1 trilhão de germes.

Esses micro-organismos também podem ficar nas mãos após espirro ou tosse. As gotículas ficam em objetos ou no corpo das pessoas. Uma vez levadas à boca, olhos ou nariz, existe o risco de infecção.

Recentemente, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, lembrou que durante a pandemia de H1N1, em 2009, as campanhas para que as pessoas lavassem mais as mãos e utilizassem álcool gel resultaram também na redução de casos de diarreia nas emergências de hospitais.

O CDC ainda ressalta que a lavagem das mãos em comunidades:

• Reduz o número de pessoas que ficam doentes com diarreia de 23% a 40%.
• Reduz a doença diarreica em pessoas com sistema imunológico enfraquecido em 58%.
• Reduz as doenças respiratórias, como resfriados, na população em geral de 16% a 21%.
• Reduz as faltas escolares de crianças e adolescentes entre 29% e 57% por doença gastrointestinal.

A lavagem das mãos precisa durar ao menos 20 segundos e inclui ensaboamento, esfregamento, limpeza dos polegares e pulsos, enxágue e secagem em toalha limpa ou de papel.

Vírus, como o coronavírus, possuem uma proteção externa que é uma camada lipídica, de gordura. O uso de sabonete, que funciona como um desengordurante nestes casos ao eliminar essa camada.

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Álcool gel

Álcool pode não funcionar bem quando as mãos estão sujas

EFE/EPA/YONHAP

O álcool gel é apontado pelas autoridades sanitárias do Brasil e dos EUA como alternativa à lavagem das mãos, apenas para momentos em que não houver água e sabonete.

O CDC destaca que o álcool gel pode não funcionar quando as mãos estão muito sujas ou oleosas.

Além disso, o álcool puro não se mostra tão eficaz como antibacteriano. Por isso, recomenda-se uma solução que contenha entre 60% e 95% de álcool, a que é normalmente vendida nas farmácias e supermercados.

“A maioria dos antissépticos para as mãos à base de álcool contém isopropanol, etanol, n-propanol ou uma combinação de dois desses produtos. A atividade antimicrobiana dos álcoois pode ser atribuída à sua capacidade de desnaturar e coagular proteínas. As células do micro organismo são então lisadas e seu metabolismo celular é interrompido”, destaca um artigo científico assinado por um pesquisador da Universidade de Hackensack, nos Estados Unidos.

O estudo ainda ressalta que ficou comprovado que o álcool gel é capaz de inativar coronavírus como o SARS-CoV e o MERS-CoV, da mesma família do vírus que provoca a epidemia atual.

Para aplicar o álcool gel, coloque uma quantidade equivalente a uma colher de chá na palma de uma das mãos e esfregue as duas, embaixo e em cima, incluindo os dedos e pulsos; aguarde secar.

Virose, intoxicação alimentar e gripe são infecções conhecidas por “derrubar” as pessoas. Mas o infectologista João Prats, da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo, explica que, apesar de alguns sintomas em comum, elas têm diferenças. A gripe, por exemplo, é causada, de forma geral, pelo vírus influenza e se manifesta por meio de sintomas nas vias aéreas: garganta, nariz, ouvidos e pulmão. Já a virose e a intoxicação alimentar, provocadas por vírus ou bactérias, apresentam diarreia, sintoma que não está presente na gripe.

No caso da virose, o infectologista explica que sintomas como falta de apetite, mal estar e febre são produzidos por toxinas do próprio corpo ao tentar combater o vírus ou a bactéria. Outros sintomas são ocasionados pelo agente infeccioso. O rotavírus, por exemplo, um dos tipos mais comuns de virose, afeta as células de absorção do intestino. Assim, com a falta de absorção de água, as fezes saem como diarreia.

 

Fonte: R7

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