A arte de vender picolés nas ruas das cidades surgiu há muitos anos, e na década dos anos 80 e 90 o mais se via nas ruas eram crianças vendendo picolés é os pontos mais disputados eram nos portões de escola, pátio de rodoviárias e campo de futebol.
Com o surgimento do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) no final do ano de 1.990, o ECA através do 267 artigo sobre a proteção dessa parcela importante da população que impôs ao Estado e à sociedade as obrigações e os deveres para com as crianças, adolescentes, os meninos dos picolés saíram das ruas.
A partir desse ano restou apenas as lembranças da infância de que ouvia a buzina dos picolezeiros anunciando a venda do produto nas ruas.
Atualmente, o trabalho ainda existe, porém, somente as pessoas adultas podem exercer essa profissão, seja velho ou novo, mas precisa ser maior de idade.
Em Juara e nas cidades do Vale do Arinos existem vários vendedores de picolés ambulantes que saem pelas ruas com seus carrinhos e usando a velha buzina assim como em outras cidades brasileiras que existem inúmeros vendedores.
A reportagem da Rádio Tucunaré e acessenoticias conversou com o senhor Arcelino dos Santos Ribeiro que é caminhoneiro aposentado, artesão e decidiu ocupar seu tempo com a venda de picolés nas ruas de Juara.
Ex-morador do distrito de Paranorte e agora na zona urbana da cidade, Arcelino explica que exerceu a profissão de caminhoneiro por longos anos até que se aposentou. Além de caminhoneiro, ele também é artesão, mas disse que não exerce a profissão, e leva a vida vendendo picolés.
Ele disse que todos os dias sai pelas ruas e percorre diversos lugares, e que nessa época do calor, a venda tem sido boa. “Tem parada que a gente vende entre 10 a 15 de uma só vez, dependendo dia, sendo que durante o calor, as vendas são maiores”.
O saldo do dia é baseado na quantidade de venda, onde ele (o vendedor) ganha 50% da renda.
Arcelino dos Santos Ribeiro mora sozinho e não pretende parar, e disse que mesmo aposentado, além de venda de picolés nas ruas, ele ainda junta latinhas que também ajuda na renda.
No final, ele deixou um recado para que aquelas pessoas que acham que não tem trabalho, basta a gente procurar e querer trabalhar, e “eu trabalho, tudo feito com muito carinho e educação conquistando cada dia minha clientela”.