No último dia 25 de dezembro, por volta das 17h49, um grave acidente de trânsito envolvendo uma moto e um veículo não identificado aconteceu na esquina da Rua Angélica Siqueira Botelho com a Rua Rufino Souza Botelho, no bairro São Gabriel, em Juara.
A reportagem a Rádio Tucunaré fez a matéria com dados coletados em redes sociais, mas agora, a família esclarece as circunstâncias reais do acidente.
O pedreiro José Roberto Alves, de 49 anos, foi atingido e ficou gravemente ferido, com fraturas severas no joelho esquerdo. Ele foi socorrido por vizinhos e levado ao hospital municipal, onde passou por uma cirurgia de emergência para estabilização da perna. No entanto, ele aguarda transferência para um centro médico com estrutura ortopédica adequada para a coluna do joelho.
Segundo relatos da sobrinha de José Roberto, para reportagem da Rádio Tucunaré, ela estranha que desde o acidente, a polícia não compareceu ao hospital nem coletou depoimentos ou imagens de câmeras de segurança na região. Foi ela mesma quem pediu as imagens. Ela suspeita que o acidente não teria sido comunicado as autoridades policiais.
Segundo a sobrinha, a vítima, que estava sem documentos no momento do ocorrido, foi identificada apenas no dia seguinte, e até agora, nenhuma providência oficial foi tomada para investigar o caso ou localização do responsável, que fugiu sem prestar socorro. “Já acionamos câmeras de segurança e percebemos que ele foi atingido por um carro . Essa pessoa fugiu e não prestou socorro. Meu tio está em estado estável, mas precisa de uma transferência urgente para a cirurgia. Estamos preocupados com o risco de infecção hospitalar e com a falta de mobilização para resolver a situação”, desabafou a sobrinha.
A transferência de pacientes dos municípios do interior é feita por regulação do médico do Estado e cabe ao Estado acolher o pedido do município.
Solução judicial pode ser a única alternativa
A família considera recorrer à Defensoria Pública ou contratar um advogado específico para entrar com uma liminar que acelere a transferência do paciente. Entretanto, enfrentam dificuldades financeiras e burocráticas devido ao período de festas e à sobrecarga do sistema de saúde em Mato Grosso. “Se até segunda-feira não tivermos uma solução, vamos buscar um liminar. Já vivemos situações semelhantes e só conseguimos avançar com muita luta e mobilização. É desesperador ver uma pessoa ficar dias em um hospital sem solução, dependendo de um sistema tão precário”, afirmou a sobrinha.
Os familiares pedem que a comunidade ajude com informações sobre o acidente e que as autoridades considerem prioridade ao caso. Quem tiver qualquer dado relevante pode entrar em contato com a delegacia local.