O projeto de lei 337/22, que propunha a exclusão do estado de Mato Grosso da Amazônia Legal, foi rejeitado pelo deputado Coronel Chrisóstomo (PL-RO), relator da matéria. A proposta defendia que a exclusão daria mais autonomia ao estado para o desenvolvimento econômico, alegando que as exigências ambientais impostas pela inclusão na Amazônia Legal limitam o potencial de crescimento da região.
De acordo com o relator, a exclusão de Mato Grosso teria implicações significativas, tanto no âmbito ambiental quanto econômico. Ele ressaltou que o estado é uma peça-chave nas políticas de preservação da floresta amazônica, além de se beneficiar de incentivos fiscais e outras medidas de apoio por estar integrado à Amazônia Legal. O relator também alertou que a mudança poderia prejudicar os compromissos internacionais do Brasil em relação à redução do desmatamento e à proteção climática, além de enfraquecer a coordenação de políticas públicas voltadas para o desenvolvimento sustentável na região.
A decisão gerou reações diversas. Ambientalistas celebraram a rejeição do projeto, destacando a importância de Mato Grosso permanecer na Amazônia Legal para manter a integridade das políticas ambientais brasileiras. Já representantes do setor produtivo e do agronegócio expressaram insatisfação, argumentando que as restrições ambientais muitas vezes dificultam a execução de projetos econômicos relevantes para o estado.
Em nota, o governador de Mato Grosso enfatizou a necessidade de encontrar um equilíbrio entre desenvolvimento econômico e preservação ambiental, reconhecendo a importância do estado tanto para o agronegócio quanto para a conservação da Amazônia. Ele defendeu um diálogo mais amplo sobre a adoção de políticas que atendam aos interesses econômicos e ambientais de forma equilibrada.
Com a rejeição do projeto pelo relator, a proposta deve ser arquivada, salvo se houver recurso de algum parlamentar para nova análise. A manutenção de Mato Grosso na Amazônia Legal reforça a importância de estratégias que conciliem desenvolvimento sustentável e proteção ambiental, reafirmando o papel estratégico do estado no cenário nacional e internacional.
