A regulação de pacientes para a capital Cuiabá segue um protocolo normatizado pela secretaria de Estado e para fazer essa solicitação ao Estado, Juara conta com dois médicos responsáveis: Doutor Haroldo Hatanaka e Dra. Fernanda de Castro Nascimento
Em entrevista à Rádio Tucunaré, o médico regulador do Estado Haroldo Hatanaka, explicou que a regulação de um paciente é sempre de urgência e emergência. São pacientes graves, que não tem recurso de tratamento em Juara e o médico que está assistindo o paciente solicita a regulação do mesmo para a capital Cuiabá.
O médico do paciente relata para o médico regulador o que está acontecendo e o porquê da necessidade de transferir o paciente, explicou Dr Haroldo.
Nessas informações estão também detalhes, sobre se existe ou não a necessidade de UTI aérea. O médico regulador entra em contato com a central de regulação do Estado e é feito o registro deste caso enfim, um relatório sobre as necessidades desse paciente.
Dr Haroldo conta, que esse boletim é alimentado uma ou duas vezes ao dia dependendo da situação do paciente.
O pessoal da Central de Regulação em Cuiabá está preparado para fazer uma busca pelas vagas pela manhã, após o almoço e à tarde afim de encontrar uma oferta de vaga, explicou.
Com a chegada da pandemia houve uma reorganização de toda dinâmica de atendimento, para poder atender as demandas, e existia uma quantidade muito grande de pessoas contaminadas e de um momento para o outro houve uma necessidade de ocupar as enfermarias com os pacientes com covid19 e que poderiam evoluir para um quadro mais grave. “Todos sabem que faltou oxigênio e vagas e o sistema público, em especial sistema de Cuiabá tiveram que organizar o atendimento desses pacientes”, disse.
As cirurgias que não são de urgência, ou seja, as cirurgias eletivas que estavam na fila, também os exames eletivos foram todos adiados, porque “não é só a questão da vaga, mas precisa do pessoal da enfermagem, do paramédicos e dos médicos, insumos, etc. Então o serviço de atendimento eletivo foi suspenso e agora, como a diminuição de pacientes do COVID19 devido a vacinação, as poucos a demanda reprimida das eletivas vai sendo atendida, explicou.
Vagas específicas como neurocirurgia ficaram comprometidas gerando uma grande demanda reprimida, lembrou.
Com um ano e meio com a suspensão de cirurgias eletivas não será de um dia para o outro que essa demanda será atualizada, disse. O médico regulador acredita, que haverá algum mutirão para diminuir esse volume de espera, mas as urgências e emergências continuam seguindo, como nos casos de Ortopedia, onde muitas vezes demora mais de 20 dias.
O pedido de vaga é feito e enquanto, isso o paciente deve aguardar próximo de seus familiares, na cidade onde reside e aguardar ser chamado para realização da transferência.
O médico regulador, que não tem responsabilidade pelo tratamento das pessoas, apenas exerce a função de passar as informações para Central que vai proceder com a liberação dependendo da necessidade do paciente, e considera normal que o próprio médico que está cuidando do paciente, queira que seu paciente seja transferido o quanto antes e ficam entrando em contato todos os dias para ter notícia sobre a vaga, assim como os familiares, contou.
“Também fico chateado de perceber a demora, mas no momento que o paciente está estabilizado, deixa de ser urgência e emergência e passa a ser um atendimento eletivo. Diferente de um paciente que está na UTI em risco de morte”, explicou.
Todo esse contexto no atendimento é um problema crônico que envolver uma série de quesitos, concluiu