O corpo de Valmir de Oliveira, 62 anos, jogado da ponte do Rio Teles Pires na MT-222, há 25 km de Sinop (500 km da Capital), na madrugada desse domingo (02), por um assassino de 27 anos, foi encontrado no início da tarde desta segunda-feira (03) por mergulhadores do 4º Batalhão do Corpo de Bombeiros (BPM).
Os mergulhadores militares foram acionados por volta das 08h30 do domingo, quando iniciaram a procura pelo rio, após o criminoso apontar onde teria jogado o corpo.
Os militares começaram a varredura pelas margens do rio, para verificar se o cadáver estava preso a algum tronco ou pedra. Depois de descartada essa possibilidade, as buscas continuaram por vários pontos do rio, ainda de acordo com a indicação do latrocida, mas a vítima não foi encontrada e os trabalhos encerrados às 17h30, devido à má visibilidade causada pelo anoitecer. Os bombeiros reiniciaram o trabalho às 07h desta segunda-feira.
O caso
Valmir teve a casa invadida e roubada pelo acusado e uma comparsa durante a madrugada de domingo, quando o idoso foi morto a facadas e os bandidos usaram o Citroen Xsara da vítima para levar o corpo até a ponte onde jogaram o cadáver no rio.
Os assassinos tentaram simular que o idoso teria cometido um suicídio, quando tentaram se passar pela vítima e deixaram a mensagem ‘olha isso aqui para mim já deu, tchau’ no status do WhatsApp do idoso.
A Polícia Militar (PM) foi acionada por um vizinho que foi até à casa de Valmir, a pedido de um filho da vítima, que viu a mensagem de despedida no celular do pai e pediu para a testemunha ver se estava tudo bem. Momento em que encontrou a residência ensanguentada e chamou os militares.
A testemunha foi ouvida, assim como outros vizinhos, a guarnição saiu em rondas pela região, quando chegaram ao endereço do assassino, que tentou negar o crime, mas foi encontrado com sangue nas roupas, objetos da casa da vítima e o Xsara, com o porta-malas ainda sujo de sangue.
O acusado foi prese e encaminhado à Delegacia de Polícia Civil.
Segundo o delegado bruno Abreu, durante o interrogatório o acusado entrou em várias contradições e alegou que não teria matado o idoso, mas que teria ajudado a comparsa colocar o corpo na porta malas do carro e o levado para jogar da ponte.
Outra informação importante para a investigação é de que o crime foi premeditado, segundo uma testemunha, o acusado se aproximou “inocentemente do senhor”, quando começou a perguntar sobre a vida pessoal da vítima.
“Uma testemunha contou que o suspeito passou a fazer perguntas para o senhor, se ele morava sozinho, qual era o veículo dele e o senhor muito humilde sem entender o que estava acontecendo e já tinha bebido um pouco, teria contado a casa onde morava, que era próxima”, explicou o delegado.
A ocorrência foi registrada por crime de latrocínio, roubo seguido de morte, e ocultação de cadáver.
A Polícia Civil segue nas investigações do caso e busca pelo paradeiro da acusada foragida.