Juara – Mato Grosso

25 de abril de 2024 22:33

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Indígenas de Juína fazem manifesto contra nomeação de novo Coordenador Regional da Funai

O Secretário Executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Luiz Pontel de Souza, exonerou no dia 22 de janeiro deste ano, através do DAS 101.3, Antonio Carlos Ferreira de Aquino, do cargo de coordenador regional da Fundação Nacional do Índio (Juína) e através da portaria nº 94, nomeou Euclides Marques dos Santos Filho como novo coordenador.

A nomeação pegou a comunidade indígena da região de surpresa, que não aceitou a nomeação do novo servidor e fizeram uma manifestação na Funai de Juína na tarde desta segunda-feira, 27 de janeiro, pedindo a revogação do decreto.

Estiveram presentes na manifestação vários índios das etnias Cinta Larga e Rikbaktsa, representando os demais indígenas da região, que segundo Paulo Rikbaktsa, professor da etnia, estão mobilizando apoio para manter no cargo o servidor Antonio Carlos, que há 22 anos sempre lutou pelo desenvolvimento das comunidades indígenas.

“Nós estamos em várias etnias representados a região, cada uma com suas peculiaridades e dificuldades e todos nós vimos ele (Antonio Carlos) lutando junto ao governo pelos povos indígenas dessa região, pelo desenvolvimento de cada etnia. Por que sem uma ajuda, sem um apoio desses inviabiliza o andamento dos processos que precisamos resolver. Nós somos contra esse decreto que exonera o Antonio e também contra o decreto que nomeia o novo coordenador. Nós não aceitamos, pedimos a revogação desse decreto ” – explicou.

O pedido de revogação já foi encaminhado ao conhecimento da Funai em Brasília – DF, ao Ministério Público, comissão dos direitos humanos do senado federal e a câmara dos deputados para que acompanhem o processo e a organização internacional do trabalho, que respeitem os pedidos que envolvam os interesses dos povos indígenas.

“Nem é pelo nome do coordenador, mas sim pelas ações, pela dedicação, pois são 22 anos de trabalho, viu muitas coisas boas e coisas ruins, já sofreu com a gente na comunidade, conhece as coordenadas geográficas, onde cada etnia está localizada. Então não tem porque, se nós indígenas tivéssemos algum tipo de desentendimento ou algum problema, nós seriamos os primeiros a pedir a exoneração dele. Nós temos uma boa relação de amizade e respeito”. – acrescentou.

O novo coordenador deve tomar posse em até 30 dias após o decreto, em Brasília.

“A próxima pessoa que vier para cá não vai seguir, na verdade nem precisar vir de Brasília, por que a gente vai de encontro com ele em Brasília, nós precisamos ter diálogo, por que aqui é nossa casa e nós precisamos ser ouvidos, por que nós temos nosso comando e nossa organização e precisam nos respeitar” – finalizou Paulo.

Fonte: Juinanews

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