A solicitação para a destituição do cargo, programada para ser apresentada nesta terça-feira (20), já obteve a adesão de 122 parlamentares, predominante do Partido Liberal (PL). “Já alcançamos 122 apoios, incluindo membros do governo”, declarou Zambelli em uma conferência de imprensa no Salão Verde da Câmara dos Deputados. A iniciativa surge em resposta às comparações feitas pelo presidente, relacionando ações de Israel em Gaza com o holocausto nazista.
Zambelli mencionou que a formalização do pedido foi postergada devido ao interesse adicional de parlamentares em se juntar à causa. Ela planeja discutir o assunto com os membros das Bancadas Evangélica e Católica.
Para os proponentes da ação, as declarações do presidente configuram um crime de responsabilidade contra a soberania nacional, ao “realizar ações hostis contra um país estrangeiro, colocando a República em risco de conflito bélico ou afetando sua neutralidade”.
Entre os parlamentares que apoiam a remoção do presidente estão Eduardo Bolsonaro (PL-SP), Nikolas Ferreira (PL-MG), e Ricardo Salles (PL-SP), este último também ex-ministro do Meio Ambiente.
O documento é assinado não só por membros da oposição, mas também por representantes de partidos com cargos ministeriais no atual governo, incluindo União Brasil (Comunicação e Turismo), PSD (Agricultura, Minas e Energia e Pesca) e MDB (Cidades, Planejamento e Transportes).
Zambelli enfatizou: “Este ato não se baseia em ideologia, mas sim em um efetivo crime de responsabilidade. Lamentavelmente, o Brasil está vulnerável ao terrorismo com suas atuais políticas”.