Relatório Anual de Desmatamento, organizado pelo projeto MapBiomas e divulgado nessa terça-feira (26) mostra que oito cidades de Mato Grosso estão entre os 50 municípios que mais desmataram em 2019.
Colniza, a 1.065 km de Cuiabá, foi o 10º município brasileiro que mais desmatou, com 17.709 hectares.
Conforme o relatório, Aripuanã vem logo em seguida, em 11º lugar, com uma área desmatada de 15.596 hectares.
Nova Bandeirantes figura em 17º lugar, com 9.985 hectares desmatados. Em 34º lugar dos municípios que mais desmataram em 2019, está Apiacás, com 7.124 hectares. Juara está em 40º lugar na lista, com área de 5.779 hectares desmatados. Em 47º, está Marcelândia, com 5.227 hectares desmatados. Cocalinho está em 48º na lista, com área desmatada de 5.091 hectares. Por fim, em 50º lugar, está Paranatinga, com 4.666 hectares desmatados.
Colniza
Aripuanã
Nova Bandeirantes
Apiacás
Juara
Marcelândia
Cocalinho
Paranatinga
O MapBiomas é uma iniciativa que envolve universidades, ONGs e empresas de tecnologia para mapear a cobertura e uso do solo do Brasil e monitorar as mudanças do território.
Estados
Ainda segundo o relatório, os estados que apresentaram o maior número de eventos de desmatamento são: Pará (18,5 mil), Acre (9,3 mil), Amazonas (7 mil), Rondônia (5,3 mil) e Mato Grosso (4,7 mil). Já em termos de área desmatada os maiores são: Pará (299 mil ha), Mato Grosso (202 mil ha) e Amazonas (126 mil ha). Juntos estes três estados responderam por mais da metade da área de desmatamento detectado no país em 2019. Do total de áreas desmatadas, 11,1% dos alertas (12% em área) sobrepõem-se integralmente ou em partes com Unidades de Conservação (UC); 5,9% (3,6% em área) com Terras Indígenas (TI); e 65% (77% em área) com imóveis rurais inseridos no Cadastro Ambiental Rural.
O desmatamento no Brasil só pode ser realizado legalmente mediante uma prévia Autorização de Supressão da Vegetação (ASV) que pode ser emitida pelos governos federal e estadual e, eventualmente, pelo município.
As autorizações são vinculadas ao CAR das propriedades desde o ano 2018, quando também se tornou regra o registro no SINAFLOR de todas as ASV emitidas pelos estados. Apenas os estados do Mato Grosso e do Pará não possuem dados integrados com o SINAFLOR. O acesso à base de dados das autorizações foi realizado pelo geoservice do SINAFLOR/IBAMA e os dados do Mato Grosso e do Pará foram obtidos nos portais das respectivas secretarias de Meio Ambiente.