O Brasil teve uma queda de 40% nos transplantes de órgãos e tecidos por causa da pandemia de covid-19. Entretanto, foram realizados 9.951 procedimentos entre janeiro e julho deste ano. Rim e fígado foram os órgãos mais transplantados, de acordo com o Ministério da Saúde.
Por outro lado, a taxa de recusa familiar para a doação de órgãos caiu de 39,9% para 37,2% nesse mesmo período em comparação com o ano passado.
Os dados foram apresentados durante o lançamento da Campanha Nacional de Incentivo à Doação de Órgãos nesta quinta-feira (24), que terá duração de um mês, até o dia 23 de outubro.
O Brasil tem o maior sistema público de transplante de órgãos do mundo — cerca de 96% dos procedimentos são custeados pelo SUS (Sistema Único de Saúde).
“Somos referência mundial no transplante de órgãos e tecidos, em números absolutos perdemos apenas para os Estados Unidos”, afirmou Daniela Salomão, coordenadora do Sistema Nacional de Transplantes.
Ela destacou que apesar da queda causada pela pandemia, foi possível manter os serviços de transplante e doação de órgãos funcionando, enquanto outros países tiveram uma paralisação total nessa área.
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“Vou citar a Espanha, que é o país referência mundial em doação de órgãos e teve a paralisação completa do seu programa de doação e transplante. O Brasil conseguiu manter a sua atividade com redução em torno de 40%. Outros países com menos óbitos seguiram o mesmo camino da Espanha”, comparou.
O Ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, também estava presente na cerimônia. “Acredito que a conscientização para quem vai doar e para a família que vai compreender esse ato é o que estamos fazendo aqui hoje”, disse.
