Na última quinta-feira (16), ela fez exames na clínica privada.”No consultório particular tem uma menina e o doutor. Ele está bem equipado”, descreve, referindo-se aos equipamentos de proteção.
“Eu fiz exame hoje e estava vazio [o local]. Tinha pouca gente, eles reduziram o horário de atendimento”, acrescenta.
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A jovem, que mora em Campos do Jordão (SP), conta que tem uma alimentação saudável e sua gestação é perfeita. Mas ela está nervosa com a volta ao trabalho. “Eu sou recepcionista de uma clínica de ressonância, volto a trabalhar segunda. Isso está me deixando bastante preocupada”, desabafa.
Nem todas precisam de consultas presenciais
O Ministério da Saúde recomenda que todos os consultórios permaneçam abertos para atender as mulheres grávidas. Mas, por causa da pandemia do novo coronavírus, também estão permitidas consultas virtuais.
O ginecologista e obstetra Geraldo Caldeira, membro da FEBRASGO (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia), afirma que as avaliações presenciais são necessárias para as mulheres que se encontram no final da gestação, possuem comorbidades – como diabetes e hipertensão – ou estão grávidas de gêmeos.
“É obrigatório que elas usem máscara. Se tiverem sintomas como febre, dor no corpo e falta de ar, a orientação é ir direto ao pronto-socorro fazer o teste de covid-19”, destaca.
Caldeira deu férias coletivas para os profissionais que trabalham em seu consultório. Ele mesmo vai para lá só duas vezes por semana para atender quem está no final do pré-natal e aumentou o intervalo entre as consultas para uma hora, a fim de não sobrecarregar o local – antes, elas aconteciam a cada 30 minutos.
“Os exames devem ser marcados em horário específico para não acumular pacientes [na sala de espera], mas nem todos os laboratórios estão atendendo”, observa.
Caso os exames não sejam urgentes, devem ser remarcados. “Por exemplo, um ultrassom. Mas tem exames no final do pré-natal que são essenciais, então não dá para protelar”, pondera.
Por fim, ele enfatiza que é preciso evitar, ao máximo, sair de casa e manter as medidas de higiene, como lavar as mãos. “A gente tem dado, inclusive, atestado para home office”, completa.