Uma paciente de 32 anos, diz ter sofrido abusos por um profissional de radiologia dentro da UPA 24 horas, da cidade de Juína, no noroeste de Mato Grosso. O suposto crime aconteceu neste domingo, dia 19 de julho, e foi registrado pela polícia militar.
A vítima, relatou que ontem, esteve na UPA e necessitava de atendimento médico após sofrer uma queda ao sair do veículo do seu esposo ainda em movimento.
Na UPA o médico plantonista solicitou um exame de raio-x que foi feito na própria unidade, e que após algumas radiografias o profissional analisou as imagens e disse que não ficaram boas e pediu que fosse realizado novamente.
Segundo a vítima, o profissional solicitou a ela para que retirasse toda a roupa e foram realizadas novas radiografias. Em seguida, ele perguntou a ela se poderia ajudá-la a vestir a calcinha, ela disse sim, pois não estava conseguindo se levantar devido estar sentindo dores na coluna. A mulher continua a denúncia dizendo que ele puxou sua calcinha para cima, que em seguida disse: “deixa eu arrumar aqui” e começou a passar as mãos em suas partes intimas, e constrangida o repreendeu pedindo para que parasse. O profissional parou de passar as mãos na moça, e disse: “você tem as partes intimas bonitas e isso é o nosso segredo”.
Após saírem da sala de raio-x, a mulher ficou em frente a unidade, ela conta ainda que o rapaz se aproximou e disse para não chamar a polícia e voltou para o interior da UPA.
Quando a polícia militar chegou na unidade a vítima relatou os fatos e ambos foram para à delegacia de polícia.
Durante o registro do boletim de ocorrências, o suspeito deu sua versão dos fatos, ressaltando que estava de plantão quando foi lhe encaminhada a vítima para realizar exames de raio-x, de politrauma.
À polícia, ele relatou que foi até a sala de emergência e conduziu a paciente na maca até a sala de raio x, que seguindo os protocolos, foi solicitado a ela para que tirasse as roupas com artefatos para não apresenta-los na radiografia. A moça tirou o shorts e foi realizado radiografias de coluna lombar (em duas posições) e coluna torácica, e que para realizar a radiografia de bacia foi solicitado a ela que retirasse a calcinha para que a radiografia não apresentasse artefatos.
O técnico de radiologia afirmou que este é o protocolo para esse tipo de radiografia para todos os pacientes, que após tirar a calcinha foi feito a radiografia, posteriormente foram realizados radiografia de tórax e coluna cervical, conforme prescrição médica.
O suspeito ainda disse que ela estava reclamando de dores na região de cóccix e que por isso ofereceu ajuda para vestir a calcinha, que todos os procedimentos foram informados a ela, e negou que tenha cometido os abusos agindo com profissionalismo e seguindo os protocolos da UPA.
O caso foi levado ao conhecimento da polícia civil que vai investigar os fatos.